domingo, 14 de julho de 2013

Dry Hopping

O lúpulo sempre foi utilizado com o objetivo de aromatizar e conservar a cerveja, ele foi primeiramente adicionado à cerveja pelos monges que perceberam seu efeito como conservante da bebida, mas também porque seu sabor amargo se equilibrava com o sabor maltado.

O lúpulo é um dos poucos ingredientes que tem a sua produção direcionada exclusivamente para a produção de um único produto: cerveja.

A parte usada do lúpulo na cerveja são as flores femininas da planta, que é rica em componentes fenólicos que fazem parte de uma fração óleo e uma fração resina. A fração resina macia é a que possui os componentes chamados alfa-ácidos que são os principais responsáveis pela formação dos compostos amargos na cerveja, digo formação, porque o lúpulo in natura não é amargo, ele possui característica adstringente aliada a aromas frescos, frutados e herbáceos; o sabor amargo é formado durante o processo de fervura da cerveja que modifica os compostos naturalmente presentes (alfa-ácidos) em compostos amargos (iso-alfa-ácidos).

A técnica de dry-hopping, consiste em adicionar o lúpulo na fase fria da cerveja, ou seja após a fervura, durante a fermentação ou maturação, uma vez que a bebida não irá passar por outra fervura, o efeito é de adicionar aromas e sabores típicos de lúpulo fresco, os já citados frutados e herbáceos.

A técnica é muito utilizada no Reino Unido e nas cervejarias artesanais dos Estados Unidos, com certeza uma cervejaria Americana artesanal tem ao menos uma cerveja que use o dry hopping.
Não existe uma regra de como o dry hopping é feito nas cervejarias, sendo normalmente uma extração de 4 até 12 dias de infusão durante as já citadas etapas de fermentação ou na maturação, mas é possível encontrar estudos acadêmicos afirmando que após 7 dias a extração já chegou ao seu máximo.

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