segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Guinness Draught - Irish Dry Stout

Depois de quase dois meses, estou voltando a escrever no Blog...

Tive alguns problemas pessoais que incluíram o furto do meu computador e com isso fiquei com meu acesso a internet limitado, mas enfim, estou escrevendo novamente.

Hoje temos uma cerveja que pessoalmente eu gosto muito, que é a Guinness Irish Dry Stout, gosto dela porque é uma cerveja simples, mas nem por isso simplista.

Essa cerveja é a tipo stout mais vendida do mundo o que sem dúvida significa alguma coisa.

Aparência: escura, praticamente preta com raios avermelhados e uma espuma em tom de bege. A espuma apresenta uma excelente formação (em parte pelo uso do nitrogênio na lata) e se mantém até o final do copo.

Aroma: no nariz a primeira impressão é de cacau e café e um aroma doce, mas suave e delicado, sem agredir o consumidor.

Sabor: no sabor a minha percepção é de cacau em pó (algo como chocolate amargo), a presença do torrado junto do dulçor do malte (a cerveja não é doce, ok!), trás essa marca que lembra tanto o cacau em pó, temos um amargor presente no fim, combinando um pouco de lúpulo e compostos do malte torrado.

Final: possui um final amargo que pede mais um gole, junto com o corpo leve e um teor de álcool relativamente baixo, fazem dela uma cerveja bastante fácil para beber em grandes quantidades.

Estilo: Stout

Teor alcoólico: 4,2% (ABV)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Old Tom - The Original

Faz algum tempo eu escrevi sobre a Old Tom Chocolate, hoje estou escrevendo sobre a versão sem chocolate da cerveja.

Tenho uma lembrança ótima dessa cerveja de quando tomei pela primeira vez, e agora o plano é retomar essa lembrança.

Ela é produzida pela Robinsons, que também produz a cerveja Trooper do Iron Maiden que ainda não tomei.

A Old Tom Original foi eleita e melhor Ale do mundo pelo World Beer Award (WBA) em 2009 e sem dúvida é um prêmio importante.

Aparência: de coloração marrom, a cerveja é turva, a espuma tem boa formação e acompanha como um filme até o último gole.

Aroma: no nariz a primeira impressão é de chocolate ao leite; um aroma doce, combinado com cacau. Extremamente agradável.

Sabor: no sabor percebemos o chocolate novamente, seguido de um toque condimentado e um amargor de maltes tostados, um sabor muito rico e completo.

Final: possui um final doce e amargo com um aquecimento agradável do álcool.

Eu adoro essa cerveja, ela sempre atende a minha expectativa. A primeira vez que a bebi foi no meu curso de formação de Sommelier e dentre todas as cervejas degustadas ela se destacou.

Estilo: Old Ale

Teor alcoólico: 8,5% (ABV)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Rock Valley Irish Cream Ale

A cerveja de hoje é uma nacional, produzida em Nova Friburgo-RJ. A cervejaria artesanal Rock Valley, do colega e cervejeiro Daniel Rocha, apesar  do pouco tempo de vida - iniciou a produção em 2012 - mostra que veio pra ficar.

Atualmente eles produzem seis rótulos, e destes tomei a Irish Cream Ale

De coloração dourada intensa, apresentou leve turbidez e a espuma é fantástica. Muito boa formação e deixa um filme perene. 

No aroma sobressaem notas bastante herbais e de lúpulo mesmo. Fermento também aparece, além disso notei algo  floral. Até mais do que o estilo pede.

À medida que a cerveja descansa no copo, percebe-se também um aroma maltado, remetendo a mel. 

De corpo e acidez médios, a cerveja é fácil de beber e muito refrescante. No paladar também o destaque é um amargor equilibrado e seco.O final não é muito longo, mas é marcante - sobretudo o amargo.

Para os dias quentes que estão por vir, é uma cerveja que vai bem.

Estilo: Cream Ale
Teor alcóolico: 5,0% ABV


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sopa de Cebola (potage a l'oignon) com Devassa Ruiva

Olá, hoje temos uma combinação de comida e cerveja!
Afinal somos o Cooking Rocks, certo!?! Confesso que estava faltando um pouco de cooking...

Essa sopa é uma tradicional sopa Francesa de cebola, um pouco cremos, servida em um ramekin (ou cumbuca) com massa folhada assada por cima.

A cerveja é uma Devassa Ruiva, uma "tropical ale" segundo a classificação da própria cervejaria.

A sopa, é basicamente cebola num caldo de carne ou legumes, então é bastante simples, segue a receita.

Ingredientes:
- 4-5 cebolas grandes
- 1 colher de sopa de manteiga
- 1 colher de sopa de farinha de trigo
- 200 ml de cerveja
- 1 litro de caldo de frango
- queijo gruyere à gosto (mais ou menos 100g)
- sal a gosto
- 1 rolo de massa folhada congelada
- 1 ovo para pincelar a massa

Preparo:
Corte a cebola em rodelas finas, e refogue com a colher de manteiga, nesse ponto, é interessante escolher "o ponto" da cebola, podendo deixar a cebola, mais escura ou mais clara, dependendo do gosto.
Quando a cebola estiver no ponto desejado, adicione a cerveja (usei a Devassa ruiva), e continue a cozinhar até secar a cerveja.
Adicione o caldo e adicione a farinha dissolvida em um pouco de água, ferva por cerca de 10 minutos.
Prove a sopa e adicione sal caso julgue necessário.

Montagem:
Coloque a sopa no ramekin e coloque o queijo por cima (usei na verdade queijo gouda, pois é o que tinha em casa), cubra com a massa folhada, pincelando ovo sobre a massa e nas beiradas do ramekin para colar a massa. Asse no forno por cerca de 15-20 minutos ou até ficar dourada.

Quebre a massa, coma com a sopa e beba a cerveja!

Devassa Ruiva!

Sobre a cerveja, eu esperava que fosse harmonizar melhor com a sopa, mas errei em um pequeno detalhe, a Devassa Ruiva (tropical ale), é uma cerveja bastante honesta (custando apenas R$2,49), porém ela é uma ale de inspiração inglesa e por isso a principal nota é de lúpulo! Na minha memória sensorial, lembrava de notas mais marcadas de malte e fermento que harmonizariam melhor com a sopa, ou seja uma ale de inspiração belga, mas não foi o caso. A cerveja, apresenta nota de lúpulo e malte, um corpo leve e carbonatação alta.

De fato a sopa não brigou com a cerveja, mas não harmonizou (pelo menos para mim) de forma adequada. Nesse caso o lúpulo da cerveja ficou acentuado, o que não foi tão agradável, mas fica a experiência.

Harmonização tem dessas coisas, é um experiência sensorial e por isso algumas vezes não funciona!

Para quem quiser testar em casa, nem precisa de uma cerveja cara, eu recomendo uma Leffe Blonde, uma Eisenbahn Pale Ale ou Golden Strong Ale ou ainda um Bohemia Confraria.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Spitfire Premium Kentish Ale

Spitfire Premium Kentish Ale
A cerveja de hoje é produzia pela Shepherd Neame (http://www.shepherdneame.co.uk) - a mais antiga cervejaria britânica. A Spitfire foi criada em 1990, e faz referência ao lendário avião de guerra, o qual lutou sobre os céus da cidade de Kent, durante a Segunda Guerra Mundial.

De coloração avermelhada, límpida e brilhante, a cerveja apresenta espuma de boa formação e que se mantém. 
 
No aroma se revela o lúpulo. Notei
lúpulo com notas herbáceas, remetendo a especiaria, e também terroso. O malte vem logo após, sendo levemente doce. Pelo estilo, espera-se algo de caramelo também, porém particularmente não cheguei a notar.
 
Uma cerveja de médio corpo, baixa acidez e média carbonatação.

O final tende a ser seco, e deixa um certo amargor . 

Estilo: Standard Bitter
Teor alcoólico: 4,5%

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Samuel Adams Octoberfest

Depois de duas semanas de ausência, agora escrevendo sobre uma grande cerveja Americana.

A Samuel Adams Octoberfest, é feita em homenagem às grandes cervejas que participam da Octoberfest de Munique e é produzida pela cervejaria Boston Beer Company.

As sua irmã mais famosa é sem dúvida a Boston Lager, fantástica cerveja produzida pela cervejaria.

Aparência: acobreada, com uma espuma de boa formação, que desce, mas deixa um filme no copo.

Aroma: no nariz a primeira impressão é de malte, mas conforme ela esquenta um pouco, o lúpulo surge.

Sabor: no sabor percebemos o dulçor do malte que é logo retirado pelo amargor do lúpulo. A carbonatação é alta e o corpo é médio/baixo.

Final: possui um final amargo e seco que pede mais um gole.

A cerveja é sem dúvida muito interessante, uma grande homenagem às cervejas de Munique, mas com um tode lupulado tradicional das cervejas Norte Americanas, na minha opinião, a Boston Lager, continua sendo a campeã, mas essa é sem dúvida uma excelente cerveja.

Acompanhou muito bem os salsichões e o picles, hehehehehehe...

Estilo: Oktoberfest
Teor alcoólico: 5,5% (ABV)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Red Stripe

A cerveja de hoje vem da Jamaica. Produzida pela Desnoes & Geddes (http://www.redstripebeer.com/), esta lager fica a desejar. 

A coloração é um dourado de baixa intensidade. A espuma é média baixa formação, ficando um filme porém. 

No aroma pouco se nota o malte. O sabor acompanha. Corpo baixo.

Ao final fica um leve amargor, mas nada demais.

Acho que a garrafa e o fato de ser jamaicana, acabam chamando mais a atenção do que a própria cerveja. 

Estilo: Premium American Lager
Teor alcoólico: 4,7% ABV

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Rogue Yellow Snow IPA

A cerveja degustada desta vez vem de Newport, no Oregon (EUA). A cervejaria Rogue (www.rogue.com) tem 36 rótulos e o eleito de hoje é o Yellow Snow.

Trata-se de uma legítima American India Pale Ale. Coloração dourada intensa, quase âmbar. Apresentou uma leve turbidez. A espuma é generosa, estruturada com grandes bolhas e persiste até o final da bebida.

O aroma corresponde ao esperado - muito lupulado, com notas herbais e também frutadas, provenientes de Amarillo e Perle. 

No paladar, a primeira sensação é de amargor, intenso, porém sem ser agressivo. Nota-se também o próprio sabor dos lúpulos. Uma cerveja de médio corpo, porém leve e fácil de se beber. 

E o final é longo, amargo, lupulado, deixando um leve sensação picante.

Segundo a cervejaria, este rótulo foi lançado em 2000, por conta dos Jogos Olímpicos de Inverno de Salt Lake City, em tributo aos esportes de inverno.

Estilo: American India Pale Ale
Teor alcoólico: 6,2% ABV

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Curso " Degustação e Harmonização de Cervejas Especiais"

Inscrições abertas para o curso "Degustação e Harmonização de Cervejas Especiais" da FHO Uniararas, com os Professores André Marangoni e Júlio Rocha.



Mais informações no link!
http://www.uniararas.br/extensaoecertificacao/cursos/detalhes.php?id=2&codcurso=1536

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

La Chouffe

La Chouffe
A cerveja de hoje já chama atenção de cara pelo rótulo - não tem como não notar o simpático gnomo ali.
A cervejaria D'Achouffe (www.achouffe.be) foi fundada em 1982 e fica na região de Ardennes, Bélgica.
A versão degustada é a La Chouffe, uma belgian blond ale. De cor dourada intensa com um excelente creme branco e muito persistente.  
No aroma sobrassaem-se notas frutadas e também de leveduras. Um leve codimentado também chega a aparecer. 
A cerveja é encorpada e apesar dos 8% de álcool ele está muito bem inserido. 
No sabor verifica-se também algo frutado, sem com amargor bem baixo. 
Uma cerveja fácil de ser bebida e muito equilibrada.


Estilo: Belgian Blond Ale
Teor alcoólico: 8,0% ABV
 
OBS: No site eles disponibilizam a música da cervejaria. Clique aqui para ouvir - não deixa de ser diferente.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

TAG Bier Extra Lager

Hoje temos uma cerveja considerada "comum", mas que me ganhou pela curiosidade.

A TAG é vendida com exclusividade por uma rede de comércio varejista (Dia) e é fabricada pela cervejaria Premium de Frutal/MG.

O inusitado é que as lojas da rede, que normalmente vendem produtos de baixo custo, lançaram uma cerveja puro malte; não é uma cerveja que segue a lei da pureza alemã, ela tem aditivos, mas não adjuntos. Mas o que isso significa?

Bom, a TAG é provavelmente a primeira cerveja brasileira puro malte de baixo custo, custando praticamente o mesmo preço que uma cerveja comum (eu paguei R$1,89 pela latinha), a TAG te oferece um produto que pelo menos em teoria deve ter qualidade superior.

Aparência: dourada, apresenta um boa espuma, mas que não dura no copo.

Aroma: tem a presença de lúpulo herbáceo, mas para bem da verdade é quase inodora.

Sabor: no sabor percebemos o amargor do lúpulo, e um final que lembra pão assado, proveniente do malte.

Final: possui um final amargo e seco.

A bebida não tem defeitos evidentes, mas esperava uma espuma mais duradoura, ainda assim, uma vez que ela não é uma cerveja especial, comparando com as cervejas mais consumidas no país, ela é honesta e a cor é linda.

Como curiosidade as cervejas comuns do mercado brasileiro utilizam até 40% de cereais não maltados (milho e arroz), que são chamados de adjuntos, na sua composição o que baixa o custo e deixa a bebida "mais leve".

Estilo: American Standard Lager
Teor alcoólico: 5,1% (ABV)

terça-feira, 30 de julho de 2013

Mercado de Cervejas Especiais


Uma entrevista para a série Teoria & Prática da FHO-Uniararas sobre as cervejas especiais e o atual mercado brasileiro.


De Molen Op & Top

De Molen OP & Top
Fechando o mês de julho a cerveja avaliada é produzida pela cervejaria holandesa De Molen, localizada em Bodegraven. A Op & Top é uma Special Bitter.

Um destaque para os rótulo das De Molen - todos são no mesmo padrão: clean, PB, mas elegantes. E todos os parâmetros são descritos: graus Plato, EBC e IBU. E todos os maltes e lúpulos utilizados - mais transparência, impossível.

A espuma desta cerveja é espetacular. De cor branca e intensa formação, ela permanece até o final, deixando resquícios na taça.  Daria para comer de colher.

A cor é de um dourado levemente turvo. 

No aroma percebe-se algo doce, muito leve e sobressaem-se as notas cítricas combinadas com  maracujá ou manga provenientes do lúpulo Amarillo.

Apresenta média-alta carbonatação e médio corpo; no paladar o amargor do lúpulo é o destaque. Amargor este que permanece até o final, e contribui para uma cerveja seca. Apesar dos declarados 30 IBU´s, tive a sensação de ser mais, mas não prejudica em nada. 

Aliás, ótimo drinkability - até lembra uma IPA.

#Dica: esta cerveja e outras da De Molen, podem ser encontradas no BeerOnLine

Estilo: Special Bitter
Teor Alcoólico: 4,5% (ABV)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Badger Golden Glory

Comprei essa cerveja indicada pelo André Marangoni e claro que o logo com o texugo é bastante divertido.

Confesso que os dizeres "Gloriously Peachy" no rótulo inicialmente me pareceram um tanto curioso, mas adianto, ela não tem adição de suco de frutas em sua composição.

Essa cerveja é uma cerveja especial do tipo ale adicionada de flores de pêssego como aromatizante, juntamente com o lúpulo, e sim, ela tem lúpulo.

Aparência: de coloração laranjada (âmbar?), essa cerveja brilha como o sol. Tem a presença de uma linda espuma, mas que não dura no copo.

Aroma: como é esperado, o pêssego é a primeira impressão da bebida, seguida da presença de um leve aroma de fermento.

Sabor: assim como no nariz, o pêssego surge, mas vem seguido de um amargor e um condimentado. Mesmo com a presença marcante do pêssego a cerveja não é enjoativa, a presença do lúpulo equilibra o pêssego.

Final: possui um final amargo e seco, mas não é tão fácil de ser bebida.

A cerveja é bastante interessante e sem dúvida não é uma bebida para todos os dias, mas é uma experiencia interessante.

Estilo: Specialty Beer
Teor alcoólico: 4,5% (ABV)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Weihenstephaner Vitus

Weihenstephaner Vitus
Esta cerveja chama a atenção por ser uma weizenbock clara, quando se espera que seja mais escura. Produzida pela Bayerische Staatsbrauerei Weihenstephan - a cervejaria mais antiga do mundo. Surgida em 1040, localiza-se em Freising, ao sul da Alemanha. 

Creme branco muito denso e consistente, coloração dourada. 

No aroma, percebe-se notas de fermento de pão, banana-passa e cravo. 



O paladar acompanha o aroma, e pode-se notar o teor alcoólico superior ao de outras weizen, porém está bem adequado. 

Final levemente amargo e excelente cerveja, fácil de tomar.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Brew Dog 5 a.m. Saint

A cervejaria Brew Dog é conhecida por suas cervejas extremas e com a 5 a.m. não é diferente. Descrita no rótulo como "iconoclastic amber ale", pessoalmente não sei o que eles querem dizer com isso.

É uma cerveja que é feita na Escócia seguindo conceitos muito utilizados pelas cervejarias Norte Americanas, em especial o dry hopping.

Aparência: de coloração âmbar e com a presença de turbidez, a cerveja apresentou uma espuma de boa formação, mas que não ficou no copo até o final.

Aroma: no nariz a primeira impressão é uma nota frutada do lúpulo Americano, lembrando maracujá e abacaxi, alguma percepção distante de malte.

Sabor: na boca, percebemos primeiro o amargor, seguido de uma percepção frutada, onde novamente temos o maracujá. Possui uma alta carbonatação e é leve, fácil de beber.

Final: possui um final amargo e seco,  que pode soar repetitivo, mas realmente pede mais um gole.

É uma cerveja que apresenta muito lúpulo, porém não é muito amarga (ok, conheço muitas pessoas que achariam muito amarga), o diferencial é que como muitos lúpulos são usados na fase fria da bebida temos toda aquela presença dos frutados, mas sem um aumento demasiado do amargor. Talvez seja isso que queiram dizer com "iconoclast amber ale" lupulada sem ser demasiadamente amarga, atacando e derrubando as tradições.

Uma cerveja muito legal, que com certeza já está na lista das minhas preferidas.

Estilo: Amber Ale
Teor alcoólico: 5,0% (ABV)

terça-feira, 16 de julho de 2013

Bavaria 8.6 Special

Bavaria 8.6
Esta cerveja é produzida pela cervejaria holandesa Bavaria Brouwerij. De início chama a atenção a bela espuma que se forma, e se mantém até o final. A cor é dourada, intensa. De início apresentou um pouco de turvação, provavelmente devido à baixa temperatura.

No aroma predominam notas maltadas, remetendo a grãos e também mel. Depois sente-se algo de floral, mas achei bem leve. Nota-se a presença do álcool, potente.

Ao degustá-la, o caráter maltado fica mais evidente e o álcool dá as caras. O amargor do lúpulo está presente, mas é encoberto pelo malte. Média-alta carbonatação com final relativamente curto.

Apesar do álcool não ser tão agressivo, acho que ele desequilibra um pouco, tornando a drinkability desta cerveja baixa e até mesmo um pouco enjoativa.


Estilo: Belgian Blond Ale
Teor alcóolico: 7,9% ABV

domingo, 14 de julho de 2013

Dry Hopping

O lúpulo sempre foi utilizado com o objetivo de aromatizar e conservar a cerveja, ele foi primeiramente adicionado à cerveja pelos monges que perceberam seu efeito como conservante da bebida, mas também porque seu sabor amargo se equilibrava com o sabor maltado.

O lúpulo é um dos poucos ingredientes que tem a sua produção direcionada exclusivamente para a produção de um único produto: cerveja.

A parte usada do lúpulo na cerveja são as flores femininas da planta, que é rica em componentes fenólicos que fazem parte de uma fração óleo e uma fração resina. A fração resina macia é a que possui os componentes chamados alfa-ácidos que são os principais responsáveis pela formação dos compostos amargos na cerveja, digo formação, porque o lúpulo in natura não é amargo, ele possui característica adstringente aliada a aromas frescos, frutados e herbáceos; o sabor amargo é formado durante o processo de fervura da cerveja que modifica os compostos naturalmente presentes (alfa-ácidos) em compostos amargos (iso-alfa-ácidos).

A técnica de dry-hopping, consiste em adicionar o lúpulo na fase fria da cerveja, ou seja após a fervura, durante a fermentação ou maturação, uma vez que a bebida não irá passar por outra fervura, o efeito é de adicionar aromas e sabores típicos de lúpulo fresco, os já citados frutados e herbáceos.

A técnica é muito utilizada no Reino Unido e nas cervejarias artesanais dos Estados Unidos, com certeza uma cervejaria Americana artesanal tem ao menos uma cerveja que use o dry hopping.
Não existe uma regra de como o dry hopping é feito nas cervejarias, sendo normalmente uma extração de 4 até 12 dias de infusão durante as já citadas etapas de fermentação ou na maturação, mas é possível encontrar estudos acadêmicos afirmando que após 7 dias a extração já chegou ao seu máximo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Achel Blond

A cerveja de hoje é outra cerveja trapista, essa é a Trappist Achel Blond, feita na Abadia de São Benedito.

Por definição é uma Belgian Golden Strong Ale, uma cerveja forte com 8% de álcool (ABV), de coloração dourada e aromas frutados.

Já falei um pouco da história das cervejas trapistas nesse post Cervejas Trapistas, faz algumas semanas, e hoje estamos degustando mais uma dessas cervejas tão especiais.

Aparência: de coloração dourada, como sugere o nome do estilo, com uma espuma de alta formação e duração (ficou no copo o tempo todo), mas é turva, resultado da não filtração da bebida.

Aroma: a primeira percepção no nariz é um frutado, que para mim lembra abacaxi, junto dele uma sutil presença de cravo.

Sabor: na boca, percebemos a nota frutada, seguida de uma nota condimentada (cravo) que deixa no final uma sensação de amortecimento na boca. Apesar do elevado teor alcoólico, essa cerveja possui um corpo leve/médio, o que a torna fácil de ser bebida. Uma excelente companhia para queijos moles como brie e frutas como damasco seco.

Final: possui um final amargo, levemente aquecido, que pede para tomar mais um gole.

Uma cerveja muito interessante, as notas frutadas no aroma não se tornam enjoativas, devido ao final amargo e o álcool está equilibrado, não sendo possível perceber aquela sensação de aquecimento enquanto bebemos.

Estilo: Belgian Golden Strong Ale
Teor alcoólico: 8,0% (ABV)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Bamberg Caos

Bamberg Caos
Dentre as minhas cervejas favoritas estão as da Cervejaria Bamberg (Votorantin-SP).  A cervejaria é adepta da escola alemã e da Lei da Pureza-Reiheintesgebot

Além das cervejas de linha, a Bamberg sempre se supera com as suas versões sazonais - e um exemplo é a Bamberg Caos, e é esta a primeira cerveja nacional que avalio aqui no blog. 

Além de sazonal, é do estilo Doppelsticke, originário de Dusseldorf e bastante incomum de se encontrar atualmente.


Cor rubi, excelente formação e retenção de espuma.
Aromas de maltados, remetendo a pão, um pouco de fermento. Nota-se algo de amadeirado também.
 
Achei baixa a percepção de lúpulo no aroma.
 
No sabor predomina o maltado e algo de caramelo, os 8,0% de álcool estão bem inseridos. Média carbonatação e corpo, e o final apresenta-se seco. 
E desta vez foi degustada acompanhada de queijo gorgonzola.

Ótima cerveja. 


Estilo:  Doppelsticke
Teor alcóolico: 8% ABV

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Anchor Porter

Essa Porter produzida pela cervejaria americana Anchor está ideal para um dia como hoje! Faz frio aqui em Valinhos e esta cervejinha é uma boa companhia.

Hoje também é 4 de julho, dia da independência daquele país, que traz as cervejas artesanais como uma grande tradição cultural.

A cerveja Porter, segundo algumas histórias nasceu nos portos no Reino Unido e os trabalhadores do porto bebiam logo pela manhã. Se de fato é história ou lenda, não sei, mas faz dela uma cerveja mais interessante.

Sobre a cerveja, essa é uma Porter americana e como tal, é ligeiramente diferente de uma Inglesa, essa no  meu ponto de vista seria uma Robust Porter, devido à presença de algumas notas sensoriais aromáticas de lúpulo.

Aparência: de coloração escura muito intensa, praticamente preta, com um colarinho bege de boa duração (ficou até o final do copo).

Aroma: a primeira percepção dessa bebida é o torrado, porém no aroma é possível perceber a presença de uma nota fresca de lúpulo.

Sabor: no sabor a presença do malte torrado se torna muito evidente, lembrando para mim cacau e um amargor de médio a moderado. É medianamente encorpada e a carbonatação é baixa.

Final: possui um final mais maltado, sem ser doce, deixa um amargo no final.

Uma cerveja bastante agradável, fácil para ser tomada, sem dúvida uma prova de que quando os Americanos querem fazer boas cervejas, eles fazem.

Estilo: Robust Porter
Teor alcoólico: 5,6% (ABV)

domingo, 30 de junho de 2013

Gordon Finest Copper

Gordon Finest Copper
Produzida pela cervejaria belga Anthony Martin, esta cerveja, apesar do "copper" no nome,  se apresenta com a coloração dourada escura do que propriamente cobre. A espuma é de ótima formação e se mantém consistente até o final da degustação.

O malte sobressai no aroma, trazendo notas de grão, leve caramelo. Percebi também um pouco de ameixa, passas. O lúpulo se faz pouco presente. Conforme a cerveja esquenta um pouco mais nota-se o álcool.

No paladar nota-se mais claramente o malte, com leve dulçor. Percebe-se também um pouco de fermento, mas ainda assim nada marcante. O amargor é médio-baixo. 

De corpo e carbonatação médias, a cerveja é aveludada, e deixa um retrogosto curto e doce. Um leve amargor pode ser notado. 

Apesar de classificada como uma Belgian Blond Ale, não há notas aromáticas frutadas ou condimentadas no aroma, como pede o estilo, além da cor fugir ao nome do rótulo, por isto, este rótulo fica aquém da maioria das cervejas belgas.

Estilo: Belgian Blonde Ale
Teor alcoólico: 6,6% ABV

terça-feira, 25 de junho de 2013

Bodebrown Cerveja do Amor

Essa cerveja feita pela Bodebrown em Curitiba/PR segue uma tradição belga de adicionar frutas em cervejas.

O fabricante classifica como uma Tripel adicionada de amoras, o que faz dela uma fruit beer e claro, ela tem uma história.

Ela se chama Cerveja do Amor e o rótulo apresenta a imagem do amor de Píramo e Tisbe, uma amor proibido pelas suas famílias, o que levou a fim trágico e a origem das amoras vermelho-escuras como conhecemos hoje.
A história deles é bastante conhecida, sendo com certeza a fonte de inspiração de histórias de amor trágico como Romeu e Julieta, mas o que importa aqui é que o rótulo é de fato uma obra de arte.

A cerveja por sua vez é interessante, possui um elevado teor alcoólico (8%) e uma coloração bastante interessante.

Aparência: a cerveja apresenta uma coloração avermelhada, e uma espuma de coloração branca que se manteve como um filme sobre a bebida.

Aroma: conforme se espera de uma fruit beer, o aroma de fruta é presente, mas é bastante difícil identificar como amora, mas sem dúvida a presença de fruta está lá.

Sabor: a acidez da amora surge na boca, seguida do sabor característico de frutas vermelhas e algumas notas picantes de fermento belga, a cerveja é seca, sem presença de lúpulo. Corpo leve, e alta carbonatação.

Final: final seco e por isso mesmo fácil de ser bebida.

Cervejas com frutas são bastante controversas, para os fãs da lei da pureza Alemã uma heresia, mas para os Belgas, uma diversão e essa cerveja é divertida, como um vinho frisante em um dia de calor e talvez essa seja a melhor comparação. O álcool apesar de ser elevado, está bem incorporado na bebida, sendo fácil esquecer que ele está lá.

domingo, 23 de junho de 2013

Brooklyn Brown Ale

brooklyn brown ale
Entre as cervejas que eu poderia escolher para fazer minha estreia aqui no blog, acabei optando por uma da Brookyn Brewery. As cervejas desta cervejaria nova-iorquina, cujo mestre-cervejeiro é nada menos que Garrett Oliver, acabaram se tornando uma das minhas preferidas.

A Brooklyn Brown Ale possui  coloração marrom com reflexos avermelhados. A espuma bege, é de boa formação e o creme apesar de raso, é duradouro.

No aroma sobressaem-se notas de malte tostados, de pão, e com presença de caramelo. Não menos presente, aparecem notas herbáceas do lúpulo. Aroma de café, muito leve, sendo encoberto pelas demais notas.

Na boca, a cerveja é aveludada, com média carbonatação e corpo. Sobressaiu sabores vindos do malte, de tosta. Praticamente não se nota o amargor do lúpulo. 

No final, predomina uma secura, mas não muito longa. Enfim, uma cerveja bem equilibrada e fácil de beber. 

Estilo: American Brown Ale
Teor alcoólico: 5,6% ABV

terça-feira, 18 de junho de 2013

Old Tom Chocolate

Olá, a cerveja de hoje é a Old Tom com Chocolate produzida no Reino Unido, ela tem 6% de álcool, essa cerveja é de acordo com as informações de rótulo, a Old Tom Ale, adicionada de chocolate.

Como informação adicional, a Old Tom foi eleita a melhor cerveja Ale do mundo no ano de 2009 pela World Beer Awards, o que sem dúvida pede o nosso respeito.

A primeira vez que vi a cerveja Old Tom, foi durante o meu curso de formação como Sommelier de Cervejas pelo SENAC Doemens e confesso que dentre tantas cervejas que foram degustadas ao longo do curso a Old Tom teve um lugar especial na minha memória gustativa.

Por isso tão logo encontrei a versão adicionada de chocolate, eu tinha que comprar para experimentar, segue abaixo a minha avaliação e em breve teremos a avaliação da Old Tom (sem chocolate).

Aparência: com uma coloração castanha escura e uma espuma em um tom de bege, a cerveja apresenta alguma turbidez a frio e uma espuma de boa formação, mas que vai embora enquanto se bebe deixando apenas um filme.

Aroma: como esperado o chocolate está presente no aroma, mas junto com notas aromáticas de maltes tostados (melado e caramelo).

Sabor: ao contrário do que se esperaria, o chocolate não é o que primeiro se sente, a minha primeira sensação foi uma doçura de malte seguida de um amargor típico da torrefação do cacau, o final é de chocolate (delicado, mas presente).

Final: assim como a última, essa cerveja apresenta um final seco, sem ser adstringente e esquenta a boca pela presença do álcool, porém sem prejudicar a bebida.

Ao contrário do que seria esperado essa cerveja não é puro chocolate, é agradável para ser bebida e sem dúvida um excelente par para sobremesas à base de chocolate e caramelo, a versão sem chocolate é mais interessante, mas essa cerveja ainda é bem legal.
O aroma sem dúvida é o principal nessa bebida, mas ao contrário de algumas cervejas que encontramos por aí, o sabor não te decepciona.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Cervejas de Mosteiros Trapistas


Mais cedo essa semana escrevi sobre a Chimay Blanche, uma cerveja feita na Abadia de Scourmont, mas o que isso significa?


Os monges que vivem nessa abadia e em outras espalhadas pelo mundo, fazem parte da Ordem Cisterciense da Estrita Observância, que se dedica inteiramente à contemplação, segundo a Regra de São Bento.

Os monges da Ordem também conhecidos como monges Trapistas, abdicam de toda a sua vida pessoal, vivendo em uma comunidade com uma alma e um coração (conforme estatuto próprio http://www.ocso.org/)  onde os trabalhos e aflições são de todos e buscam através do trabalho e oração atingir o nível máximo de aproximação com Deus, vivendo baseados no "Ora et labora" ou Oração e Trabalho, esse trabalho é para eles uma forma digna de obter o que é necessário para a manutenção do mosteiro.

Sendo o trabalho uma parte da vida do monge Trapista, a produção de alimentos para serem consumidos pelos monges e monjas sempre foi um trabalho de extrema importância, assim, sendo eles monges, fizeram o que sempre fizeram, acumular o conhecimento, registrando e documentando a produção determinados alimentos e aqui não devemos esquecer na idade média, a cerveja era um alimento essencial.
A produção tinha como objetivo alimentar a Ordem e o excedente era distribuído aos necessitados ou vendido, a Abadia de Scourmont por exemplo além das cervejas produz queijos, assim como outras ao redor do mundo que produzem diversos produtos que permitam obter sua subsistência.

Ao longo do tempo porém, essas cervejas se tornaram famosas em especial devido ao trabalho feito por Michael Jackson em redescobrir as grandes cervejas da Bélgica e criar muito do que temos como estilos cervejeiros hoje, esse trabalho também fez com que a cerveja de mosteiro fosse um símbolo de qualidade o que levou à criação de um selo que permite o uso da denominação "Trappist Product" (a figura que decora o texto).

As abadias que produzem cervejas que podem receber o selo são 6 na Bélgica (as traduções dos nomes são minhas...):
- Achel (Abadia de São Benedito de Achel)
- Chimay (Abadia de Notre-Dame de Scourmont)
- Orval (Abadia de Notre-Dame de Orval)
- Rochefort (Abadia de Notre-Dame de Saint-Rémy)
- Westmalle (Abadia de Nossa Senhora do Sagrado Coração)
- Westvleteren (Abadia de São Sixtus)
E na Holanda:
- La Trappe (Abadia de Nossa Senhora de Koningsheoven)

Ao todo são 175 mosteiros trapistas, e apenas 7 podem usar a denominação em suas cervejas. Sem dúvida a experiência e o cuidado que os monges colocam em suas cervejas fez com que algumas dessas cervejas se tornassem quase lendas entre os cervejeiros como a Westvleteren 12 tida como a melhor cerveja do mundo no ranking do Rate Beer, se de fato elas são as melhores cervejas do mundo vai depender do seu gosto pessoal, mas com certeza são uma aula de história.

Recomendo fortemente o livro "Brew like a monk" que fala um pouco sobre essas cervejas e sua história.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Chimay Blanche

Continuando com as cervejas, essa semana temos uma de respeito, produzida na Abadia de Scourmont, a Chimay é feita em três estilos, sendo a "branca" a tripel.

Os mais puristas e fãs da lei da pureza podem não gostar do fato dessa cerveja ter açúcar em sua composição, mas sem dúvida esse é um dos segredos dela ser tão agradável para ser bebida, com um corpo na medida ideal.

A Chimay Blanche tem 8% de álcool por volume o que sem dúvida pede o nosso respeito pela cerveja, mas devido ao seu equilíbrio esse álcool pode passar despercebido pelos bebedores mais afoitos.
A taça é um charme à parte, com um pequeno gerador de espuma que mantém a sua cerveja sempre como se tivesse acabado de ser colocada no copo.

Na minha opinião, a riqueza aromática é tão complexa que deixar de pelo menos tentar escutar o que essa bebida tem para nos contar parece um erro,  mas quem sou eu para decidir como você deve beber a sua cerveja.

Aqui vou apenas tentar descrever um pouca da experiência que ela me passou...

Aparência: seria um âmbar claro ou um dourado escuro, uma espuma num tom de bege bem claro, e de excelente persistência (até o último gole).

Aroma: o mais característico conforme a temperatura dela aumenta são o cravo e o frutado (para mim banana), percebi algumas notas herbáceas que são difíceis de serem separadas o que é do lúpulo e o que é do fermento (compostos fenólicos).

Sabor: a presença dos compostos de fermentação, que lembram cravo e pimenta são marcantes, quando a temperatura aumenta esses compostos saltam na boca, baixa presença de malte, apenas como um leve dulçor. Corpo médio/alto e alta carbonatação.

Final: uma cerveja que apresenta um final seco, sem ser adstringente, um pouco quente do álcool e que pede mais um gole e por isso mesmo uma cerveja fácil de beber, mesmo com o elevado teor alcoólico.

A minha opinião é bastante simples, sou um fã das cervejas belgas e essa sem dúvida é um grande "exemplar da raça", as leveduras belgas fazem mágica e nessa cerveja mostram isso claramente (obviamente as centenas de anos de experiência dos monges produzindo essas bebidas ajuda imensamente).

O meu único porém foi ter trazido apenas uma garrafa de cada uma delas para casa, ainda bem que esta pode ser facilmente encontrada em terras brasileiras.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Cerveja Áustria Amber

Olá, faz tempo que não falo sobre cervejas...
Como objetivo pessoal vou escrever uma vez por semana sobre as minhas experiências com essa bebida tão especial.

Comprei essa cerveja em um final de semana com a família, num restaurante em Valinhos chamado "BBQ Steak and Fun".
A cerveja, uma lager puro malte feita em Nova Lima, MG pela Krug Bier, ela é apresentada no site do fabricante como uma Lager tipo Vienês.
Minha avaliação sobre ela:

Coloração: Marrom escura, com raios avermelhados, uma espuma de boa formação e persistência (especialmente no copo de weizen).

Aroma: presença de notas de caramelo e dulçor de malte, sem presença de lúpulo ou notas frutadas.

Sabor: presença marcante do dulçor do malte e notas de caramelo, pouca presença de lúpulo. Corpo leve, com alta carbonatação.

Final: final seco com presença do tostado e ligeiro aquecimento do álcool, pede mais um gole.

A minha opinião é que é uma cerveja interessante, apesar de achar estranha a classificação dada pelo fabricante como uma "Lager tipo vienês", acredito que o objetivo seria uma Vienna Lager, mas o objetivo não é reclassificar a cerveja.
Vale lembrar que o estilo Vienna Lager sofreu muitas modificações, sendo especialmente lupulado em terras americanas, mas não é uma característica de cerveja na sua origem, sendo mais evidenciada a presença dos maltes do tipo vienna e ou munique.

Finalizando uma cerveja interessante que foi uma boa companhia para um churrasquinho em um Domingo, mais uma opção no nosso amplo cardápio de cervejas brasileiras.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Degustação e Harmonização Andanças!




Professores:
Julio Cesar Barbosa Rocha, Engenheiro de Alimentos, Sommelier de Cerveja, Mestre em Tecnologia de Alimentos, Especialista em Gestão de Processos Industriais e Doutorando em Tecnologia de Alimentos. Atuou por 10 anos em Indústrias de Alimentos e centros de pesquisas, e atualmente se dedica à pesquisa e ensino na área de tecnologia de alimentos. É cervejeiro artesanal, atuando como professor nas Faculdades Max Planck e  do curso de “Produção de Cerveja Artesanal” da Escola de Extensão da UNICAMP (EXTECAMP).
André Marangoni, Engenheiro de Alimentos, Sommelier de Cerveja, Mestre em Tecnologia de Alimentos, e Doutorando em Tecnologia de Alimentos na área de Cereais. Atua também como docente na Fundação Hermínio Ometto (UNIARARAS) e professor do curso de “Produção de Cerveja Artesanal” da Escola de Extensão da UNICAMP (EXTECAMP).
Objetivo do Curso:
O curso tem como objetivo a iniciação na cultura cervejeira, incluindo história e teoria sobre cerveja e degustação de rótulos consagrados, com sugestões de harmonizações.


http://andancasbar.com.br/


terça-feira, 9 de abril de 2013

Curso de Degustação de Cervejas Belgas!

 
Professores:
Julio Cesar Barbosa Rocha, Engenheiro de Alimentos, Sommelier de Cerveja, Mestre em Tecnologia de Alimentos, Especialista em Gestão de Processos Industriais e Doutorando em Tecnologia de Alimentos. Atuou por 10 anos em Indústrias de Alimentos e centros de pesquisas, e atualmente se dedica à pesquisa e ensino na área de tecnologia de alimentos. É cervejeiro artesanal, atuando como professor nas Faculdades Max Planck e  do curso de “Produção de Cerveja Artesanal” da Escola de Extensão da UNICAMP (EXTECAMP).
André Marangoni, Engenheiro de Alimentos, Sommelier de Cerveja, Mestre em Tecnologia de Alimentos, e Doutorando em Tecnologia de Alimentos na área de Cereais. Atua também como docente na Fundação Hermínio Ometto (UNIARARAS) e professor do curso de “Produção de Cerveja Artesanal” da Escola de Extensão da UNICAMP (EXTECAMP).
Objetivo do Curso:
O curso tem como objetivo a iniciação na cultura cervejeira, incluindo história e teoria sobre cerveja e degustação de rótulos belgas consagrados, com algumas sugestões de harmonizações. O curso apresenta um maior enfoque na escola Belga, com cuidado especial nas harmonizações.
Conteúdo:
I. História da cerveja;
a. Primórdios da produção de cerveja;
b. Importância a cerveja para a sociedade atual;
c. Mudanças ao longo da história.
II. Processo de produção cervejeira;
a. Malteação;
b. Mosturação;
c. Lupulagem;
d. Fermentação;
e. Maturação.
III. Escolas cervejeiras;
a. Escola Alemã;
b. Escola Belga;
c. Escola Inglesa;
d. Cervejas do Novo Mundo.
IV. Princípios de Análise Sensorial;
V. Princípios de Harmonização de cervejas.